Madrid
Cada vez me sinto menos escrava do dinheiro mas não tenho a veleidade de pensar que já cheguei à idade de dizer que ele não ajuda a dar felicidade.
Depois de viver os primeiros vinte e sete anos livre e solta no paraíso chamado Moçambique, e em seguida uma boa dúzia de anos a contar tostões, o maior prazer que o "vil metal" me proporciona é de longe o de viajar.
Adoro ler e ouvir música mas nada é melhor para mim que viajar.
Desta vez foram quatro dias em Madrid onde já não ia há 35 anos. Não há dúvida que estou a ficar idosa...
Escusado será dizer que há zonas que pouco ou nada mudaram mas... três décadas e meia não me marcam só a mim além de que não costumo viajar em Dezembro.
Tenho ao longo dos últimos anos ouvido incessantemente falar da «movida» madrilena mas com franqueza imaginava-a nas noites da "24 de Julho madrilenas".
Para espanto meu descobri-a até às 2 ou 3 da manhã em plena rua apesar das temperaturas negativas, e não só para jovens mas também para crianças de dois ou três anos aconchegadas em invejáveis favos de édredon.
Hospedada a escassos metros da Praça del Sol, a qualquer hora do dia ou da noite me espantei com milhares de pessoas parecendo viver um Carnaval antecipado tão empenhadas que estão em se enfeitar com as mais loucas perucas que se possam imaginar.
Contribuindo ainda mais para tanta alegria ao longo de toda a Praça e das Avenidas principais se ouve boa música executada tanto nos tradicionais instrumentos como num monte de simples cálices com diferentes porções de água...
Como é bom viver novas experiências e perceber que nem todos são cinzentos como nós!
Não podendo levar comigo todos os que contribuíriam para ter tornado esses dias perfeitíssimos aqui vai a imagem do presépio mais bonito de todos os que vi na capital do País vizinho.
Para eles a festa maior das crianças como sabem é só no 6 de Janeiro.
No caso de não conseguirem manter o espirito de Natal durante todo o ano espero que esta imagem o reforce pelo menos até aos Reis.
Montes de bjocas da 3a