Bola de Natal
Vem um pouco atrasada para o anterior, mas bem a tempo para o próximo Natal.
Comecemos pelo material:
Neste caso a bola de esferovite tem sensivelmente12 cm de diâmetro.
- 3 caixinhas de alfinetes cabeçudinhos (não são os dos chineses com bolas coloridas),
- Tecido tipo algodão fino ou chintz, liso e estampado ( no meu caso tenho reciclado amostras de tecidos, mas é fundamental que não desfie fácilmente).
- 25 cm de fitinha de cetim num dos tons dos tecidos, para pendurar a bola.
- 45 cm de galão para rematar a bola .
-Papel para cortar os moldes, e lembro-vos que as folhas inuteis da impressora servem muito bem.
Começamos por cortar meia dúzia de quadrados de papel com 7 cm de lado que vão servir de molde.
Aplicamo-los em cima do tecido passado a ferro, e cortamos 56 quadrados do estampado e 48 do liso , ou vice-versa.
Agarramos na esferovite e aproveitando a linha de união das 2 semi-esferas que se nota perfeitamente, evidenciamo-la usando uma esferográfica. Para nos facilitar um serviço perfeito, dividimos cada parte da bola em 4 gomos iguais e marcamos as divisões novamente com a caneta.
No meu caso passei a ferro todos os quadradinhos dobrados ao meio.
Dobramos cada retângulo de tecido, fazendo agora aviõezinhos e vamos começar a aplicá-los na esfera.
Faço sempre uma parte da bola primeiro, começando por espetar no "pólo norte", a fita de cetim que vai fazer a argola de pendurar.
Prendo os 4 bicos dos triangulos juntinhos no centro, cada um com um alfinete. Vamos apoiar a sua linha central sobre os 4 riscos de esferográfica que traçámos anteriormente porque isso vai guiar-nos facilitando obter um serviço bem feito.
Para prender cada triângulo utilizam-se 3 alfinetes nas pontas e 2 para mantê-lo fechadinho a meio. Temos de ser pacientes e perfeitas senão o trabalho fica feio, portanto as 4 peças tem que ficar aconchegadinhas.

Começamos a 2ª carreira (que leva 8 paninhos), espetando 4 triângulos lisos sobre os 4 que colocámos primeiro, sempre deixando uma distância certa de 1 cm entre os bicos de cima e com o meio orientado pelo risco da caneta. Posto isto colocamos os outros 4 nos intervalos, à mesma altura dos do lado.

Vamos fazer isto até termos 7 carreiras espetadas no esferovite, no hemisfério superior.

Reparem que a 6ª rodada é desencontrada da anterior, porque como a barriga da esfera vai alargando, temos que com esta ultima tapar as pontas de baixo dos triangulos da 5ª carreira.

Depois é começar tudo de novo a partir do "pólo sul" até termos a esfera coberta de 14 carreiras intercaladas dos tecidos lisos e estampados.

Para rematar cobrimos a junção das 2 metades com uma fita (pode ser de gorgurão) que remata o trabalho , e sobre esta um galão prateado ou dourado, preso por alfinetes dos quais se enfeitam as cabeças com uma missanga grande.

OS BICOS DE CIMA DOS TRIANGULOS DE CARREIRA PARA CARREIRA TEM SEMPRE DE FICAR A 1cm DE DISTANCIA.

Lido, parece complicado, mas se prepararem o material todo, antes e seguirem os passos que vos dei, conseguem e o efeito é lindo!

Bjocas da 3a

A Casa das Portas em Tavira
Estando do lado da maravilhosa gelataria Tavira Romana, que aconselho a toda a gente, porque não fica atrás da Santini, atravessamos a ponte romana para a outra margem onde se encontram lojinhas muito interessantes e restaurantes deliciosos.
No fim da ponte, do lado esquerdo, encontram a Casa das Portas com artesanato de verdade e lindíssimo.
Tenho mesmo de frisar o "de verdade" porque tristemente, 80% do artesanato que vemos nas lojas deste país, é industrializado e sem o mínimo gosto, o que não se justifica de maneira nenhuma, porque o 1º pavilhão da Fil Artesanato mostra-nos anualmente trabalhos lindíssimos, demonstrando que a imaginação dos nossos artesãos está cada vez mais efervescente e produzindo peças mais espantosas.
Mas voltando à Casa das Portas onde encontrei coisas lindas, o que me chamou mais a atenção foram as imagens de portas que foram recolhidas por Tavira e arredores e impressas em telas.
O trabalho pelo que percebi é feito por uma das sócias e mostram um resultado lindíssimo, pois o acumular das tintas em certos pontos dá-nos a sensação de uma pintura em acrílico.
O tema é interessantíssimo, acaba por mostrar aos mais distraidos portas que mesmo velhas transportam histórias de quem viveu por trás delas, e a fotógrafa soube captá-las lindamente e explorar ainda melhor a técnica da fotócopia.
Ainda na mesma margem, existe outra loja das mesmas pessoas onde encontrarão artesanato gírissimo das partes mais variadas do Mundo.
Não vos digo que sejam pechinchas, mas vale a pena visitá-las quanto mais não seja para "lavar a vista".
Fiquem com bjocas da 3a