*reciclagens*-*artesanato*

Saturday, September 29, 2007

Tiffany

Abajours Tiffany
Como vos disse há duas semanas fui fazer uma volta pela Polónia país que ainda muito recentemente sofria mais uma vez influências nefandas, como diria o meu tio mais velho, de regimes estranhos.
Os polacos mais velhos são extremamente sizudos e sem o hábito de nos olhar de frente, mas penso que quem viveu no Portugal Europeu antes do 25 de Abril sabe bem a causa desta falta de espontaneidade.
Os mais novos não sendo muito risonhos, já nos olham de frente. Bem a verdade é que se um médico ganha 400€, não há grandes razões para gargalhadas principalmente quando se tem um passado histórico tão medonho mas não vos quero falar de tristezas...
Dormimos em Gdinya cidade vizinha da célebre Gdansk num Hotel ainda muito convicto dos ideais comunistas mas onde havia uma Boutique de candeeiros Tiffany de pôr qualquer um com os olhos em bico!
Aí vão três fotos mas nem vos digo que eram os mais bonitos porque na verdade a eleição era quase impossível.

Na Polónia fartei-me de ver trabalhos nesta técnica que foi inventada nos fins do Séc XIX pelo design Louis Tiffany para execução de abajours abobadados.

As peças em vidros de diferentes côres tem de se ajustar perfeitamente para poderem depois de soldadas tomar a dita forma de abóbada.

Cada pecinha deste "puzzle" é em seguida envolvida em fita de cobre que sendo mais leve que o normal chumbo dos Vitrais facilita muito a soldagem.

O vidro ideal para a técnica Tiffany é o Antique que sendo feito artesanalmente tem bolhas e outras texturas que o embelezam não permitindo uma espessura homogénea. É um vidro pouco barato por ser artesanal e porque se vende em chapas de metro quadrado o que «dificulta» as tentativas de experiências. O efeito final é no entanto espantosamente belo!

Tive o prazer de fazer alguns ensaios nesta técnica orientada pela minha amiga e grande artista Leila Strauch quando ela vivia em Fortaleza antes de se mudar para Dallas.

Ela teve o previlégio de aprender com o maior expoente desta técnica em S.
Paulo o mestre Sarasá.

Segue o email deste expert: www.sarasá.com.br




Estes candeeiros lógica mas infelizmente não são para bolsos normais mesmo vivendo neste nosso santo país.

Bem tenho de me atirar aos trabalhos para o próximo Natal e com duas turmas de alunos da «Melhor Idade» não pode haver preguiças.

Até uma próxma com bjocas da 3a

Friday, September 14, 2007

tirelas ou trapilhos


Ei-las depois de tantos anos à procura...
São as tirelas ou trapilho conforme se queira chamar!
Ando há anos à procura deste material mas só este ano consegui descobri-lo, na FIlArtesanato.
É um material que me atrai muito por várias razões:
-"Cheira-me" a reaproveitamento de excessos.
-É muito agradável ao tacto por ser macio.
-O preço é muito interessante.
-Faz trabalhos muito engraçados e não estou a falar só dos que vos vou mostrar que aliás não trazem nada de novo aos que vi na FIL.
Problemático é fazer uma mala que não se torne excessivamente pesada.
Pensar em côres ou padrões especiais é impossível porque ou íamos às fábricas comprar uma tonelada do que queríamos ou temos que nos sujeitar ao que os intermediários arranjaram para nos vender.
Até agora tem sido dificílimo arranjar quem nos forneça nas quantidades pequenas de que necessitamos.


Como sou uma furona descobri em Almada a loja BEADINIA com o seguinte mail- www.beadinia.com e perto do Cacém uma loja com o mail-www.milpontinhos.com

Sei que dá muito trabalho mas também se fazem tapetes engraçados. Principalmente para as casas de praias.
E é tudo sobre trapilhos.
Vou dar uma voltinha pela Polónia. Pode ser que descubra algo de interessante!
Já agora. Alguém sabe onde compro SEDA PONGÉ ???
O meu telemóvel é o 917552652. Se souberem desta seda que procuro há anos agradeço, digam-me.

Bjocas da 3a

Wednesday, September 12, 2007

continuando com a livraria






Continuando com "a" livraria...


Realmente ela é tão invulgar que não resisto a mostrar-vos mais algumas fotos que tirei.
Nestas conseguem-se vislumbrar alguns dos expo-
sitores exteriores e mais um conjunto de pratelei-
leiras interiores.

A fachada da Livraria tem duas portas. Tenho-vos mostrado a da direita por ser a mais representativa mas...ao lado da porta esquerda em duas enormes ardósias
encontra-se publicado desde o 1º de janeiro de
2004 o jornal que me atrevo a reproduzir, por reflectir tão bem o espírito do livreiro.
Paris Wall Newspaper
Some people call me The Don Quixote of the Latin Quartier.
Because my head is so far up in the clouds that I can imagine all of us are angels in Paradise and instead of being a Bonafide Bookseller I am a frus- trated novelist store has rooms like chapters in a novel.
And the fact is Tolstoi and Doestoievsky are more real to me than my nextdoor neighbors. And even stranger is the fact that even before I was born Doestoievsky wrote the story of my life in a book called "The Idiot" and ever since reading it I have been searching for the heroine, a girl called Nastasia Filipovna.
One hundred years ago my Bookstore was a wine shop hidden from the Seine by the anex of The Hotel Dieu Hospital which has since been demolished and replaced by a garden and further back in the year 1600 our whole building was a Monastery called La Maison du Mustier. In the mediaval times each monastery had a frére lamper whose duty was to light the lamps at night.
Then I have been doing this for fifty years. Now it is my doughters turn...
C.W.

Tuesday, September 11, 2007

Há livrarias e livrarias...


Há livrarias e livrarias...

Mudando completamente de assunto e porque em Paris vi pouco Artesanato mesmo artesanato quero falar-vos de uma livraria que encontrei na cidade Luz.
Resisto com a maior das facilidades a uma ida a um Centro ou Forum Comer-
cial desde que...não me provoquem com
uma Bertrand, uma Fnac ou algo de similar.
Já tive o privilégio de entrar em boas livrarias em várias partes do Mundo a que a boa sorte e o vício de viajar me levou.

Chama-se Shakespeare & Company
Encontrei-a no Quartier Latin, quando vinha dos lados da Notre-Dâme e foi a livraria mais surpreendente que já vi.
À porta um dos funcionários serrava um bocado de madeira com que certamente
iria acrescentar mais uma prateleira á Babilónia que já lá existe.
Os "armarinhos" de estilo que já estavam a mais na casa de alguém, abarrotam de livros numa mistura com prateleiras empenadas de vários tamanhos e feitios que se sustentam em tijolos ou outros suportes tão funcionais como originais.
A casa antiga é cheia de cantos, recantos, escadas mais ou menos empinadas, rebaixos e outras surpresas se é que algo nos pode surpreender ali dentro.
Encontrei pelo menos dois divãs rodeados e cobertos de vários livros convidando a deleitar-nos na selecção de qualquer tema que possamos escolher.
Também se pode tocar num piano que por ali está à disposição de alguém mais inspirado, ao mesmo tempo que serve de suporte a mais uma fila de livros.
Num andar superior dentro de uma cómoda surge-nos um mini escritório com uma secretarinha pqueninísssima onde mais alguém trabalha num computador.




Os livros em grande ou total percentagem são em 2ª mão, versam todos os temas e também se estendem por pseudoprateleiras no exterior, sem qualquer tipo de policiamento... Enfim só esta Livraria vale uma ida ao Quartier Latin, nesta Paris que encontrei muito mais simpática e despida da petulância que tanto me desagradou há 35 anos quando a visitei pela primeira vez.



Se forem a Paris... não percam.
Mil bjocas da 3a

Sunday, September 09, 2007

quadros para rapazinho

Quadros para rapazinhos


Apesar de ter a triste sorte de ser filha única tive

alguns companheiros de brincadeiras e quando me

formei foi tendo a certeza de que viveria sempre ro-

deada de crianças.

Depois de reformada para garantir que continuo

a gozar da companhia delas vou de vez em quando

dar aulas voluntáriamente nalgumas escolas.

Tudo isto para vos dizer que continuam sempre

a surpreender-me ao fim destes anos todos.

Nunca me passaria pela cabeça que o meu neto que já reinvidica a adolescência

desde os 9 anos, se sentisse "infeliz" quase com 12 anos por eu não lhe ter pintado

dois quadros no género dos da irmã de 10 anos.

Assim resolvi dar cabo dessa «infelicidade» criando estes dois.

Quando era pequeno usava este cabelito e desde que me lembro foi sempre apa-

nhado pelos carros, o que me inspirou para o de cima.

Hoje em vésperas dos doze anos, continua louco por carros mas... vive muito

preocupado com o visual. Tive de me render ao cabelo comprido, à melena sobre

o olho, à tentativa do"gótico", aos óculos enfim, tudo o que evidencia que já quer

voar sózinho.

A mim resta-me pedir que a Vida o proteja e aproveitar quando se sente carente

para me «lambuzar» nele.

Claro que isto só pode ser, longe dos possíveis olhares dos amigos.


Peço imensa desculpa do modo abrupto como acabei a postagem anterior mas foi

involuntáriamente e não consegui remediar o desastre.

Queria dizer-vos que perante as experiências das minhas alunas da "melhor

idade" e uma minha, concluo que as telas chinesas já não são as mais baratas,

empenam muito fácilmente e, por vezes aceitam mal as tintas, principalmente

as acrílicas.

Até à próxima com bjocas da 3a