Noutros tempos...

As Senhoras que queriam e precisavam de ajudar o magro orçamento que lhes entrava em casa tinham muita vez problemas que felizmente hoje não nos apoquentam.

A falta de aptidões escolares não as privava de tentarem rentabilizar os trabalhos que as suas habilidosas mãos conseguiam executar.

Tenho duas colegas que sempre me falaram dos lindos naperons que a mãe executava em papel para depois vender às fábricas das ameixas cristalizadas de Elvas e um dia, a mais nova resolveu fazer o que ela chamou da imitação grosseira dessas efémeras obras de arte em papel.

Embora ela a achasse grosseira eu achei-a linda e mandei-a emoldurar como podem ver na foto. O efeito pelo menos para mim foi muito "simpático".

Este ano o meu único aluno da Universidade que adora frequentar a feira de velharias do Pinhal Novo traz um alfarrábio de lá e ao abri-lo deixa cair uma espécie de bordado em papel onde o meu «olho» de artesã caiu imediatamente deslumbrado !

Quando o desdobrei saiu esta maravilha de verdadeiro naperon da época que me apressei a emoldurar antes que o ar o desfizesse.

Garanto-vos que é de papel e à minúcia que apresenta só pode ter sido recortado com uma tesoura das unhas. Mirem-se nesta maravilha!

Bjocas da 3a

Das mais experientes...


Não averiguei se criaram este trabalhinho para poderem pendurar a garrafita de água no braço enquanto se locomovem com o auxílio de bengalas e andarilhos mas para quem como eu evita andar com pesos nas mãos pareceu-me uma ideia engraçada.


Escuso fazer propaganda à necessidade de beber água porque isso já todos sabem mas penso que este saquito com uma asa comprida
para poder ser usado pendurado atravessado no peito, tem boas «vantagens práticas».

Este segundo trabalho é mais vulgar, com a conhecidíssima função de perfumar as gavetas da roupa só que neste caso a minha amiga da Casa dos Professores aproveitou para reciclar alguns dos minúsculos sabonetes de hotel.

Falta-me acrescentar que as duas obras são da mesma artista que fez questão de me presentear com os exemplares que lhe pedi para fotografar.

Calculo que a maioria não conseguirá ter as férias que sonhou e merece, mas aproveitem da melhor forma as que podem ter.

Bjocas da 3a

Arte na Croácia
Encontrei-a num Palácio de Dioclesiano enquanto andava a espiolhar outras salas onde a guia não me alcançava com os comentários históricos que pouco me dizem...

É feita a partir da vulgar tapeçaria que o artista esfiapou a seu gosto.

Para concluir pintou a tapeçaria com

tinta que pela falta de brilho me pareceu acrílica e nas côres que achei ideais.

Algumas das tapeçarias estavam emolduradas, outras não, mas gostei muito do efeito e pareceu-me que é um trabalho fácil de fazer por um jeitoso com bom gosto.

Espero ter-vos dado uma ideia acessível, interessante e bastante decorativa para ambientes contemporâneos.

Tentem!

Qualquer feira de Verão tem tapetes do chão em tapeçaria. Força!!!

Uma bjoca da 3a

Saco de crochet...

Outra sugestão para a qual aproveitei linha crua que para aí tinha mais um resto de amarelo torrado e de castanho caramelo.

Vamos lá a ver se consigo transmitir-vos os passos.

Comecei por fazer um cordão normalissimo com as três linhas e uma agulha de crochet para o gordinho. Depois"circundei-o" com palitos normais.

Chegando ao fim virei para começar a segunda volta também em palitos e quando me fui aproximando do extremo da tira, fiz uns cordões em falso de vez em quando para começar o arredondamento da tampa seguindo depois sempre a direito.

No fim da volta virei o trabalho do avesso e fiz tudo de novo.

Neste caso dei o saco por acabado quando fiz a nona volta.

Depois é só coser os lados à altura desejada e fazer a alça que será ao vosso gosto.

Não se esqueçam que convém ter forro se não perdem os tostanitos...

Espero que tenham percebido alguma coisa deste «proseado» todo!